terça-feira, 10 de novembro de 2009

Desabafo de TFG! ..faltam menos de 2 meses

Ahhhhhhh, preciso desabafar! Aquela sensação de que tudo vai dar errado chegou. O significado ironico que alguns colegas interpretam a sigla TFG - como Transtorno Final de Graduação - parece fazer sentido agora.

Li um monte, pesquisei um monte, vi um monte de projeto, pensei um monte no meu..e agora? Como coloco isso tudo no papel. Essa não parecia uma tarefa tão dificil pra quem é acostumada a escrever (mesmo que baboseiras) em um blog.
Fazer os pontos de ligação, relacionar os conceitos, culminar tudo isso em projeto...Oh Ceus! Nao qro ser mais arquiteta....vou rumo ao meu movie star dream! To indo!

¬¬ desculpem, exagerei.

Eu sei q vai dar certo, pq no final tudo dá. To adorando pesqusar tudo, estou me encontrando cada vez mais na arquitetura..no trabalho com pequenas partes, a questão cenografica que tanto me atrai. Estou descobrindo novos gostos, experimentando o fazer projetual meio que atropelado nesses 5 anos de curso. Está sendo bom...é...está sendo.

O trabalho se introduz da mesma forma que se introduziu a mim, com fontes de daods sobre cinema. Os numeros, aqueles que demonstram o cinema no Brasil, que cresce em publico e diminue em salas. Que segrega qndo se localiza em shoppings centers, o edificio que perde a relação com a rua, com as experiencias urbanas, com a moça que vende doces, o pipoqueiro, as crianças que pedem balas, os conhecidos...as praças...os restaurantes, os semáforos, as buzinas, as luzes, a vida urbana.
O cinema no meu trabalho é relacionado com este espaço urbano, publico, a rua e sua agitação. Longe das historinhas de cinema, o projeto busca oq é necessário, e pra mim, é o local que trabalho (trabalhos enquanto arquitetos): a cidade.
Nesse aspecto, a estrutura itinerante no meu TFG relaciona o físico, concreto, o edifício-estrutura enquanto material de agitação e movimentação de um espaço, tendo assim, como principais pontos de marração, a essência da cidade como um conjunto de experimentações, mais do que sua estrutura física. Afinal, se não fosse a movimentação da cidade, as relações entre as pessoas, os serviços prestados umas as outras, a cidade não precisaria de uma estrutura física tão organizada. Será? Sei lá.

Continuando...

Dessa forma, pensando na estrutura itinerante enquanto movimentação de um espaço e de transformação de uma rotina pacata, que o meu projeto se apoiará. Para isso, tomo com referencia aquele texto que ja postei aqui de Calvino e a descrição da suas meias cidades que organizam Sofrônia: A meia cidade fixa e a meia cidade provisória. A base é que sofrônia somente se completa com a junção dessas duas meias cidades. A fixa, dos predios, pontes e torres, e a provisória, das montanhas russas, roda gigantes e carroséis. A meia cidade provisória traz a movimentação necessária a meia cidade fixa. A movimentação e as experiencias trazidas pelo descontrole da chegdaa da cidade provisória que traz para a cidade fixa aquilo de sua essência: as relações, os acontecimentos, o que provoca a lembrança, o que a desenvolve.

(desculpem pelas palavras jogadas embaraçosamente. É um retrato do embaraço da minha própria cabeça. justifico.)

Assim, tentando apreender melhor a relação da meia cidade provisória com a meia cidade fixa, estudo alguns trabalhos de arquitetura, estruturas reais (batidas) conhecidas, como o circo e o trabalho do grupo Archigram com seus projetos das "cidades instantaneas".

A teoria pausa aqui. Daqui pra frente, projeto, croqui, estrutura....."a hora de cortar o bolo" como diz minha orientadora Flávia. ( Oi Flávia...se vc estiver lendo isso daqui) Qndo as coisas se esclarecerem mais, dou um play na teoria dinovo.

Confesso que ao ver uma imagem bela como essa penso seriamente em desistir e deixar esse povo aí mesmo, na proteção de seus guarda-chuvinhas, o céu sobre suas cabeças e uma tela bem grande em frente...

3 comentários:

  1. como disse... com suas lentes só espero um belo projeto!


    gostaria de assistir!

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  2. eu - vendo esse ponto de vista e o ponto final posso entender melhor essa imagem e a vontade de deixar tudo assim. é a compreensão do processo, que justifica a cidade contemporânea. a cidade contemporânea no estado em que se apresentou pra ti. e fica agora, com essa chuva fria, a pergunta: onde que o arquiteto-urbanista está. será que precisa se meter nisso?
    esse teu olhar pode ser sim do arquiteto e sei que aí dentro mirabolam mil formas de um filme rodar por aí. em alguns dias as pessoas podem não ter vontade de assistir. agora, em outros... meu amigo, esse filme pode fazer "milagres" numa ação definida, mas sem futuro certo. e de nenhuma forma, menos arquitetônico.

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  3. Existe uma beleza por traz desse improviso que penso ser possivel somente pela permeabilidade do nosso olhar, que provavelmnete o edificio tiraria. Essa movimentação que existe mesmo qndo todos estão sentados vendo um filme é a cidade que não pára. É bom qndo enxergamos essa beleza fora dos grandes desenhos e mega estruturas. Calvino emnstra q nao precisa ser arquiteto pra isto, não é?

    Obrigado pelo belo texto ariel.
    Raquel, nese momento minhas lentes estão míopes, bom que ainda tenho em que me segurar e guiar.

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