Uma situação de estranhamento, que se torna confortável na medida em que nos dispomos a, simplesmente, sentir. Um ato atípico, para qualquer vida, mas que promove a apresentação de outros pontos de vista, que impulsionam o sentimento de desencontro com a particularidade banalizada por tempos e convenções.
O caminho passa a ser marcado por singelas marcações enquanto a gradativa inserção na escala do homem promove a possibilidade de experimentação de espaços não convencionais a nós, mas, quem sabe, banais à outras rotinas.
O próprio corpo é utilizado como alternativa de apreensão sensorial de espaços construídos para servir outros corpos, que não os nossos, até então. Esta experimentação denunciou a freqüência de elementos arquitetônicos contemporâneos que conduzem a momentos, mas que não existem em um imaginário formal criado nas relações de apropriação do espaço ou na memória referente a dado espaço. Elementos de deslocamento pensados para servir o homem, que se referem a uma necessidade real de transposição pública e que por suas características de implantação segregam e selecionam, anulando possibilidades de uso.
Estas alternativas arquitetônicas, necessárias para a utilização pública do espaço, tornam-se um problema ao espaço construído por terem sido digeridas como simples necessidade espacial e que precisa ser anexada aos novos espaços e aos já antigos. É este entendimento superficial, de configurações espaciais socialmente adequadas, que fizeram com que rampas de acessibilidade a edifícios de acesso público se tornassem nosso atrativo para a criação de um percurso.
“Acessos” é a representação da reflexão desenvolvida sobre esses definidores espaciais e que desenham não somente espaços urbanos, mas inclusive, se possível, desenham o próprio uso destes espaços, apoiando a tendência urbana atual que se aproxima de uma programação formalizada.
Esses elementos de apoio a transposições é tornado realmente coletivo a partir do momento em que todos os usuários do espaço urbano passam a utilizar este recurso como meio para seus deslocamentos cotidianos.
Desta forma, “acessos” é tridimensionalizado em um conjunto de módulos de madeira em uma releitura dos elementos de acessibilidade e levado às ruas com diferentes combinações, gerando, assim, novos caminhos a percursos banais a todos passantes.
Esse módulo de transposição, além de proporcionar uma nova dinâmica ao cotidiano desanimado por horas marcadas, unificará o acesso a todos que por aí passarem e poderá oferecer outras percepções espaciais a partir do deslocamento vertical o qual estabelece.
Com caráter efêmero, o conjunto confeccionado proporcionará diferentes combinações destes módulos que serão adequadas aos distintos locais de montagem considerando as especificidades do entorno.
Os módulos serão inseridos no espaço urbano por 7 dias em diferentes locais da cidade. As transformações sensoriais ocorridas durante esse período serão registradas e expostas na Casa da Cultura de Uberlândia durante todo o mês de Outubro. Por enquanto, são desconhecidos os momentos consequenciais à essa intervenção urbana.
(texto de Ariel L. Lazzrin)
Autores do projeto: Ana Paula Tavares, Ariel Lazzarin, Mairla Melo e Kássia Borges.Clique aqui para ver a fotos!!!
[esse texto também pode ser visto em www.idearium.com.br]
muito lindo o projeto...tão respirar novidades!
ResponderExcluirfaltou até o que dizer!!!
ook... eu novamente.. funçando no ócio dai eu vi que o opera prima deu um cine interante de vençedor, sei lá... as vezes ajuda neh!
ResponderExcluirhttp://www.premiooperaprima.com.br/
ou não rsrs!!!
ahh raquel! só vc comenta aqui...aushauhsau
ResponderExcluirvi sim o opera prima!
Obrigada! e bjos sô