sexta-feira, 3 de julho de 2009

Gênio Indomável

Das coisas que me envergonho, uma delas com certeza é ainda não ter assistido certos filmes que já viraram clássicos do cinema (como este aqui) mas que tenho procurado me esforçar para vê-los, por curiosidade, prazer (sempre) e conhecimento.

De tanto ouvir falar, confesso que ao terminar de ver Gênio Indomável, ficou um gostinho de "estava esperando mais", ainda que eu tenha, realmente, gostado do filme. O roteiro, escrito por Matt Damon e Ben Afleck, mostra uma complexidade as vezes exagerada. O fato da história parecer clichê não me incomodou a princípio, como também não me incomodou o tema durante todo o longa. Porém foi difícil me convencer que um garoto seria capaz de uma genialidade que ultrapassasse as fórmulas matemáticas e se extendesse para história e filosofia, principalmente sendo o protagonista um garoto de 21 anos, problemático, sem acesso a boa educação, abandonado pela família e que teria aprendido tudo lendo livros em casa.

Passadas minhas pertubações quanto ao roteiro, vi que a complexidade não estava só em Will Hunting (gênio interpretado por Matt Damon) mas sim em toda a história contada e dirigida brilhantemente por Gus Van Sant. O que vemos são as relações estabelecidas no filme se modificar até que percebamos as mudanças ocorridas nos personagens e nos caminhos q eles irão seguir daí pra frente, resultado da complexa trama mostrada desde seu início.

Gênio Indomável me tocou de modo singelo ao perceber que muitos dos assuntos tratados ali poderiam ser "sugados" para minha vida e de qualquer outra pessoa. Como quando o professor Sean Mcguire (Robin Williams) descreve o amor e suas peculiaridades ou quando discorre o verdadeiro conhecimento com Will Hunting, que não se baseia apenas por leituras e fómulas pragmáticas mas também e principalmente pela experiência.

Se eu te perguntar sobre a Guerra, você me citará Shakespeare...mas nunca esteve numa guerra de verdade.

Você pode conhecer Michelangelo e toda sua vida, mas nunca sentiu o que é entrar e olhar para o teto da capela Sistina.

Com atuações e diálogos admiráveis, Gênio Indomável, mesmo imperfeito, garante a apreenção da história por quem o assiste. Superestimado ou não, é um filme que não ganha somente pela surpresa de um boa obra iniciada por dois jovens atores, mas pelo sucesso de seu resultado. Queria eu conseguir finalizar um projeto difícil e com tanto êxito como este.

3 comentários:

  1. Eu não esperaria nada de um filme com o roteiro de Matt Damon e Ben Affleck. Me surpreende que seja tão bem cotado. É difícil imaginar o Gus Van Sant dirigindo um roteiro dos dois. haha

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  2. Aham, com certeza, deve-se a lot para Gus Van Sant.

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  3. apesar do rebuliço de um roteiro meio forçado e das caras e bocas do Robin Williams o Gus Van Sant consegue fazer um filmão! É o filme dos meus 16 anos...

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